Você muito provavelmente já ouviu falar sobre autismo ou até mesmo já convive com uma pessoa que possui. Segundo a OMS existem 70 milhões de pessoas com autismo em todo o mundo, no Brasil existem cerca de 2 milhões de pessoas.
Desde 2008 a ONU instituiu o dia 02 de abril, para celebrar o Dia Mundial de Conscientização do Autismo em todo o mundo. Apesar de estar muito presente na sociedade, a falta de conhecimento ainda é um problema tanto para a pessoa autista quanto para quem convive com alguém dentro do espectro.
Muitas vezes a falta de conhecimento para identificar as características do transtorno podem atrasar no tratamento correto e dificultar ainda mais a qualidade de vida de quem tem autismo. Diante desse cenário, vamos explicar o que é autismo, suas principais características e tipos e o que você pode fazer para ajudar no diagnóstico precoce e adequado.
O que é autismo?
Autismo é o nome popular para o transtorno que afeta, principalmente, as habilidades de comunicação, linguagem e interação social de crianças e adultos em diferentes níveis de dificuldades. Geralmente pessoas autistas podem apresentar comportamentos repetitivos e restritivos, tendendo a viverem mais isolados.
Mesmo sendo popularmente conhecido há mais de 100 anos, somente em 2013 o autismo passou a se enquadrar dentro da classificação internacional de doenças da Organização Mundial de Saúde (OMS) e ter o seu nome oficializado na medicina como Transtorno do Espectro Autista (TEA), devido a comprovação de estudos que mostram a existência de vários tipos de intensidade do autismo.
Diante das variações do tipo de autismo, o termo espectro se tornou importante para ajudar a classificar uma pessoa que recebe o diagnóstico da doença, e consequentemente formas diferentes de lidar com um tratamento de acordo com a classificação do tipo e nível.

Características e tipos de autismo
Como vimos anteriormente existem diferentes níveis de Transtorno do Espectro Autista, e as características mais comuns são dificuldade de comunicação, interação social e comportamentos repetitivos. Além disso outras características comuns são:
- atraso anormal na fala quando criança
- dificuldade em manter uma conversa quando mais velho
- dificuldade em participar de atividades e brincadeiras em grupo
- dificuldade em interpretar expressões faciais e gestos
- falta de contato visual
- dificuldade em ter empatia
- dificuldade em compreender os sentimentos dos outros e expressar os seus
- manutenção de uma rotina, mudanças ou a exposição a ambientes diferentes e barulhentos pode causar perturbações
Essas características não estão presentes em todas as pessoas do espectro, isso vai depender do nível e dos tipos de autismo, entre os mais conhecidos são:
Síndrome de Asperger: considerada a forma mais leve, e também chamada autismo de alto funcionamento. Geralmente possuem inteligência elevada e tendem a serem extremamente obsessivos por um objeto ou um único assunto, se tornando especialistas e podendo ser considerados como gênios tamanho o nível de conhecimento sobre determinado assunto.
Transtorno Invasivo do Desenvolvimento: considerada uma fase intermediária e que apresenta mais dificuldades em se comunicar e de interagir socialmente. Além disso tendem a terem mais comportamentos repetitivos.
Transtorno Autista: considerado o tipo clássico de autismo e que costuma ser diagnosticado de forma precoce, em geral até 3 anos de idade. Geralmente são pessoas com extrema dificuldade de interação social e dificuldade em lidar com ambientes diferentes do que estão habituadas, sabem falar, mas pouco a utilizam, possuem dificuldade de compreensão e apreendem apenas o sentido literal das palavras.
Transtorno Desintegrativo da Infância: considerado o tipo mais grave, porém o menos comum. Em geral, a criança apresenta um período normal de desenvolvimento, mas depois de uma determinada idade, geralmente entre 2 e 4 anos, ela passa a perder as habilidades intelectuais, linguísticas e sociais e não consegue mais recuperá-las.
Diagnóstico

Devido a quantidade de características variadas que o autismo pode apresentar, o seu diagnóstico pode não ser tão simples assim. Por isso, é fundamental que seja feito um diagnóstico precoce e de maneira adequada para que a pessoa com autismo tenha menos impactos em sua vida pessoal, social e em seu processo de aprendizagem.
O primeiro diagnóstico deve ser feito pelos pais, cuidadores ou pessoas responsáveis por uma criança, que devem ficar atentos a todos possíveis comportamentos considerados diferentes para a idade.
Em seguida devem levar a o bebê ou criança para um pediatra avaliar e encaminhar profissionais devidamente treinados, como neurologistas e psicólogos fazerem uma análise clínica precisa e fazer a classificação mais adequada.
Por fim, esses profissionais irão encaminhar a criança para um tratamento multidisciplinar, de acordo com suas necessidades, como sessões de fonoaudiologia e de terapia.
Com a Multimed você pode ter acesso a convênios com profissionais das especialidades de Psicologia, Psiquiatria, Nutrição Fisioterapia, Odontologia e da área de estética. Além disso, você também tem acesso uma rede credenciada de clínicas, laboratórios e farmácias.
Se você convive com uma pessoa que possui as características do Transtorno do Espectro Autista, não deixe de procurar por profissionais especializados no assunto. Para isso, é só entrar em contato com a Multimed.